A planta do tabaco é conhecida há mais de dez séculos. Surgiu em "Yucatán”, México. Em 28 de outubro de 1492, com a chegada de Cristóvão Colombo ao povoado de “Bariay”, no litoral da ilha de Cuba, o “Tizon”, forma primitiva de charuto fumado pelos nativos da região, foi descoberto pelos europeus. O “Tizon” teve divulgação rápida com o retorno de Colombo à Europa e popularizou-se inicialmente na Espanha e em Portugal.
Dois séculos mais tarde, a matéria-prima chamada de "tabaco", já aperfeiçoada, chegou ao restante do território europeu. A partir de então, o charuto passou a ser consumido por reis, nobres e pela alta burguesia européia.
A História
Anatomia
O charuto Long Filler é composto por três partes:
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Miolo ou torcida (filler)
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Capote (binder)
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Capa (wrapper)
Como é feito o charuto?
Depois da fase de colheita no campo, secagem, cura (fermentação) e classificação do tabaco, vamos indicar as principais fases de construção de um charuto tipo Long Filler / Premium Cigar (miolo com folhas inteiras torcidas):
São torcidas folhas inteiras e utiliza-se uma sub capa para segurá-las chamada de capote.
Os charutos torcidos já com o capote são colocados em uma fôrma de madeira ou material plástico em espaços individuais para cada charuto, para igualar a forma dos mesmos.
As fôrmas são fechadas e prensadas por 30 minutos. Depois elas são abertas e os charutos virados (mudados de posição para não deixar marcas). Em seguida torna-se a prensá-los por mais 30 minutos.
Antes de abrir a fôrma para retirá-los, são cortadas as pontas de fumo que ficaram do lado de fora com uma faca em forma de meia-lua chamada “chaveta” (as aparas de fumo são utilizadas em charutos “Short Filler” e cigarrilhas).
Após a retirada dos charutos das fôrmas, os mesmos passam por um período de secagem para retirar o excesso de umidade antes do capeamento.
Prepara-se a folha de capa, umedecendo e cortando a mesma, para depois fazer o capeamento, onde a capa é presa com cola vegetal (goma de mandioca e pó de fumo).
Após o capeamento, é feita a apara da ponta do charuto com a guilhotina que fica em cima da bancada da charuteira, e em seguida é colada uma pequena rodela da própria capa para fazer o fechamento da cabeça e dar o acabamento final.
Procede-se à secagem dos charutos acabados para retirar o excesso de umidade.
Segue-se um período de descanso dos charutos em câmaras revestidas de cedro rosa com temperatura e umidade controlados por pelo menos 30 dias.
Faz-se o controle final de qualidade. São colocadas as anilhas – o anelamento dos charutos.
Passa-se à celofanagem .No caso de charutos que são colocados em bolsas celofane.
Encaixam-se os charutos nas caixas.
As caixas são lacradas com o selo de procedência e etiquetas de advertência.